A minha casa tem várias portas, cada uma delas tem uma maçaneta. Essas maçanetas viram para os dois lados, esquerdo e direito, mas nunca para cima e para baixo. Para além das maçanetas, têm um buraco de fechadura onde, raramente, entram chaves. Existem diversos tipos de chaves. Para cada tipo, existe um modelo de fechadura. Curioso não? Curioso é o gato da vizinha que anda sempre em cima do canteiro a escarafunchar na terra e a tirar as flores do sítio. Se ele não tem cuidado, qualquer dia fode-se. Pior é quando decide fazer uma sesta em cima dos carros. Mais uma vez, se ele não tem cuidado, fode-se. É por isso que os donos costumam capar os gatos. É pra eles não andarem sempre a tentar foder-se. Os gatos que vivem mais não têm bolas. As bolas usam-se para jogar diversos desportos. Futebol, ténis, basebol, basquete, ping-pong, andebol, etc. Atenção. Não é com as bolas dos gatos que se jogam estes desportos. A minha televisão tem um botão. Esse botão serve para ligar e desligar a mesma. Podes ligar a televisão quando ela está desligada e podes desligar a televisão quando ela está ligada. Nunca podes ligar a televisão quando ela já está ligada, nem desligá-la quando já está desligada. É um botão que exerce duas funções. Ligar e desligar a televisão. O meu computador também tem um botão para ligar e desligar. Mas isso fica para outro dia. Gosto de ler livros do Tio Patinhas. Ele é rico, e avarento mas sempre divertido. Já o Patacôncio é um cabrão de primeira. O Donald é estúpido como uma porta. Como uma porta das que eu tenho cá em casa. Com uma maçaneta que vira para os dois lados, esquerdo e direito, mas nunca para cima e para baixo. Claro que também tem uma fechadura. Mas isso já são pormenores a mais. A sopa está pronta, mas ainda não tenho fome. O mundo é redondo, como a bola de um gato. O mundo não é a bola de um gato. Bola. Mundo. Gato. Voltando ao Tio Patinhas. Gostava de mergulhar nas moedas como ele faz. Deve ser fresquinho. Os ouvidos servem para ouvir. Temos dois ouvidos. O esquerdo e o direito. O yin e o yang. A nascente que se transforma num rio. O rio que desagua no mar. O mar que faz parte do oceano. Os oceanos cobrem a maior parte da superfície do mundo. O mundo não é a bola de um gato. A bola de um gato não tem oceanos. Á noite não há luz. O Gastão sempre foi um sortudo. É preciso sorte pra ter sorte. É um círculo vicioso. Se tivermos sorte, somos sortudos. Se tivermos azar, somos azarados. Se não tivermos nenhum dos dois, estamos mortos. Quando morrermos vamos deixar de nos mexer. Os dedos das mãos vai ficar imóveis. Quem diz das mãos, diz dos pés. Os ratos são deveras nojentos. As ratazanas ainda são mais. Têm o rabo comprido demais. E têm sempre um ar muito sujo. Ao escrever faço barulho com as teclas. Não oiço porque estou a ouvir música. Com os meus ouvidos está claro. Existem vários tipos de música. De que tipo de música é que o Tio Patinhas gostará? Já me lembro. Ele gosta do tilintar das moedas. A infância é quando somos crianças. Quando era criança era mais pequeno. Não anormalmente pequeno. Era normalmente pequeno. Como a maioria das crianças. Há palavras que são mesmo grandes. As palavras são formadas por letras. Com palavras formam-se frases. As letras são feitas de riscos com várias direcções. Com muitas frases temos um texto. Já li alguns textos. Não gostei de todos. Mas gostei de muitos. Muitos não são todos. Mas todos podem ser muitos. Ás vezes mordo a língua sem querer. Dói. Fica um gosto de sangue na boca. Sangue. Vermelho e denso. O meu computador tem um rato que não é nojento. O sangue pode ser nojento. Se for de outra pessoa é nojento. Faz impressão. Uma impressão má claro está. Está claro. Antigamente, todos os telemóveis tinham uma luz que piscava. Pisca pisca. É um pouco parecido com ping pong. Ping pong. Pisca pisca. Um é com uma bola, outro é com uma luz. Não é a mesma coisa. Todas as casas têm um telhado. Selva. Bemvindo á selva. As palmeiras dão cocos. As bananeiras dão bananas. Não sei tocar bateria. Não deve ser muito difícil. É só bater. Bater aqui. bater ali, bater acolá. Já o piano não. O piano toca-se. Toca-se aqui, toca-se ali, toca-se acolá. A chuva molha. A chuva é água, logo, molha. A chuva vem das nuvens sobrecarregadas de condensação. Agora não está a chover. Acho eu. A janela está fechada. Para abrir a minha janela, tenho de deslizá-la para a esquerda, ou direita. Depende do lado que eu quero abrir. Mesmo abrindo a janela, não ia conseguir ver se está a chover ou não. Tenho o estore fechado. Para abrir o estore é preciso puxar aquela fita que está do lado direito. Para abrir, puxa-se para baixo. Para fechar, deixa-se correr a fita para cima. O esferovite é um material engraçado. Para além de ser branco, é composto por inúmeras bolas. Bolas pequenas e brancas. O esferovite não é composto por bolas de gato. Se apanharmos chuva, ficamos encharcados. Nada melhor para nos secarmos do que uma lareira. Sigam-me. Uma pedra nos rins é inconveniente. Já não uso mochila à muito tempo. Já não tenho muitas coisas para carregar no seu interior. A relva é verde. O musgo também. São rápidas, velozes e baixas. Mas não anormalmente baixas. Normalmente. Uma tempestade num copo de água. Não é possível. O Dumbo sempre teve orelhas grandes. E tromba também. Há muitas plantas verdes. É carnaval e eu vou no primeiro carro do corso. As máscaras mascaram. Com uma máscara, somos mascarados. Passamos a vida mascarados. O Zorro usava uma máscara. Mas só lhe tapava os olhos. Rabo. Chega. Não. Só mais um bocadinho. Um bocadinho é menos que um bocado. Um bocado são vários bocadinhos.
A mais não é obrigado.
Non-sense. Sem sentido.
domingo, maio 1
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3 comentários:
De tempo a tempos vejo-me salpicada por gotas voluntárias das ondas dos teus pensamentos... É sempre uma sensação nova e maravilhosa.
É como redescobrir-te outra vez, é como um "Olá" numa noite de primavera.
Obrigado. A mais não és obrigado.
fascinantemente divertido! fantástica a constante provocação com ligações sem sentido a fingir que dão sentido ao todo! :D
Na falta de um sítio para poder comentar os post de 2003, é aqui mesmo. Desculpem os autores, sei que não é de bom tom fazê-lo assim em qualquer lugar só por dá cá aquele palha, mas são coisas de força maior. Vou ter a cortesia e a atenção de comentar este post também.
1ª consideração: o autor da palavra "coisa" deveria ter um lugar no pódio, junto com tipos que criaram o sifão e o autoclismo.
Digo eu.
2º assunto da noite eu sou daquelas que tenho me levantar às 6h para estar presente nas aulas das 8h. Sendo que faço parte daquelas pss referidas, que gostam de sair de casa limpinhas, com o mínimo de mau aspecto possível e comidinha no estômago, para não desmaiar no comboio- coisa que já me aconteceu 2 vezes- com o calor insuportável, os apertões das pretas gordas - que pelos vistos são madrugadoras; essas e as fala barato, também elas normalmente volumosas e com um tom de voz... um daqueles tons de voz que aquela hora da manhã se tornam perigosos caso alguém tenha uma arma no bolso. Dou por mim várias vezes a pensar como uma balazinha de vez em quando podia resolver muita coisa. Mas este género de pensamentos só me ocorre de manhã, descansem os mais medrosos. E aquele ar rarefeito, inrespirável, que se todos inspirassem ao mesmo tempo, com certeza faria o comboio impludir, ou no mínimo descarrilar. O ar condicionado estupidamente quente... Será que esses tipos que controlam isso não sabem que as pss estão agasalhadas e as diferenças de temperaturas só lhes fazem mal. E depois anda tudo a tossir para a cara uns dos outros. Que coisa bonita...
E as unhas!! Há coisa mais nojenta do que os tipos, normalmente velhos, que cortam as unhas nos comboios??
E depois, na pressa, existe ainda a tipa que me tenta impingir o jornal sujo todas as manhãs, que leva sempre um sorriso e um não obrigada. Já devia saber melhor... mas ainda não desitiu. É uma chatice passar por ali se estiver atrasada, não só pq levo com ele, mas pq levo com as pretas gordas ávidas por tudo o que seja grátissss.
Estas e outras boas razões fazem, como já devem ter reparado, com que eu adore andar de comboio cedinho. :)
Portanto, desculpem-me os professores das primeiras horas, mas não posso dar a minha presença como garantida nas suas aulas. Azar o meu ... :/
3ºcoisa: Já tive gatos, bolas e máscaras, mas nunca tinha visto as coisa dessa maneira. Tá bem visto, sim senhor.
4ªnota: Mais do mesmo , senhores autores do blog. Têm mais uma leitora. :)
Beijos para os 2.
Di
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