Uma aventura

Como começar?

No passado sábado, estava eu a meio de uma ida ao inevitavel depósito de residuos humanos (aka Sanita) quando, ao me levantar, senti o telemóvel a deslizar do meu bolso. Apanhei-o a tempo!
As calças eram largas e os bolsos pouco fundos e um desastre poderia ter acontecido!
E não me refiro ao telemóvel cair ao chão porque já perdi a conta a essas vezes! Enfim, voçês conseguem imaginar o outro local de atarragem certo?

Mas como dizia, apanhei-o a tempo, evitando assim o desastre. Logo após pensei: "Tenho que ter cuidado! Um dia ainda acontece uma desgraça."

E pronto, até seria um post medianamente interessante, devido à interessante medianidade da minha divagação.

Eis senão quando eu vou salvo o dia!
E não é que o desastre aconteceu mesmo porra!!

Nova ida ás instalações sanitárias (é o que dá ter bexiga fraca!), novamente na posição de descolagem, sinto o telemóvel novamente a deslizar bolso fora, seguido de imediato de um Sploshhhhh!" e de um maremoto de ondas na minha sanita acabada de mijar!

Pois sim, dizem voçês entre gargalhadas, "pelo menos não era o número dois!"
É verdade. Sou uma sortuda. Podia ter sido pior.

Continuando:

Ao ver aquilo o meu reflexo não se fez rogado. Mão dentro da sanita, ligeira hesitação, abre a torneira, passa o bicho por água, e começa a frenética luta pela seca.

Fazendo aqui um parentesis para os mais distraidos: perguntar-se-ão: "Mas porque raio é que ela foi molhar ainda mais o telemóvel?!!"
Volto a frisar o facto humilhante: a sanita tinha xixi e não, não tinha ainda puxado o autoclismo, pois tivesse sido essa a situação e provavelmente havia uns quantos peixes no tejo com 250 sms's grátis por semana para 91's.

Continuando parte 2:

Começei a secar o bicho na t-shirt e simultaneamente corri ao quarto da minha irmã e implorei pelo secador de cabelo, até que ela, indolentemente, e com toda a calma do mundo, como se lhe acontecesse dia sim dia não entrar alguém com um telemóvel novo - esqueci-me de referir que o bicho não tem sequer 3 meses de vida! - a pingar-lhe no chão, mo deu finalmente.

Aí começaram os 15 minutos mais longos da minha vida ultrapassados apenas, como é óbvio, umas quantas dezenas de situações sérias e não-absurdas.

Desmantelei o bicho, pus o secador no máximo (irra que queima!!) e começei a luta contra a água.
Quando abanava saim gotas.
Uma das partes de contacto da bateria ficou vermelha.

Tentei ligar a primeira vez, não consegui.
A segunda: consegui. Morreu passados 30 seg.
A terceira: consegui. Aguentou 1 minuto.

Resolvi esperar, dar-lhe tempo, um trauma destes para quem nunca tinha nadado deixa certamente marcas.
A meio da tarde voltei a tentar e após 3 ou 4 tentivas frustadas consegui po-lo no activo!

Resumindo e concluindo que isto já vai longo e tenho sono: Os Sony Ericsson v600i são duros de roer!

E pronto, entrem os risos.